Jogo da fé
Mal me levanto de um tombo emocional
Mal me coloco novamente em pé
E um chamado recebo, percebo
É Ele me pedindo: “tenha fé”.
Enfrento, então, novamente a dura luta
A mais forte é comigo mesma
É tão duro meu auto- questionamento!
Onde errei, meu Deus, neste momento?
Ainda não consegui ficar no prumo
Ainda não sei se o caminho que faço
É o melhor traçado, é o melhor rumo!
Devo aceitar passivamente o ataque
Quase constante e à todo instante?
É tudo resultado da minha covardia?!
Deveria estar cuidando só de mim, devia?
Já tentei mudar e não consigo:
Quero companhia que me faça sorrir
Quero meus filhos íntegros, longe de sujeiras
Quero meu lar com cheiro de amor
Quero viver a luz, o som, a beleza da flor
Quero amigos onde eu estiver
E com eles saudar a vida, a morte
Quero olhar-me no espelho e me sentir forte.
Nada disto tenho conseguido
Mas, mal me levanto de um tombo
Mal me coloco novamente em pé
Não importa qual o sofrimento
ELE me abraça e docemente pede: “tenha fé”.
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