Coração de cristal
Passeando entre as flores do jardim de meu viver, encontrei meu coração
triste a chorar. Parei, convidei-o para conversar.
Sentamos ali no banco da preocupação. Perguntei-lhe: "porque que está triste, coração? E porque
choras?" "Sinto medo, estou inseguro. Às vezes, corro demais, às vezes, penso em parar". Assim respondeu o choroso coração.
Eu disse: "Se
continuar correndo pela estrada do tempo, a velhice pode
atropelá-lo. E se parar, será
surpreendido no vale da depressão."
Coração, como você é sensível.
Aprenda ser feliz e sorrir. No colo da noite, quando adormece, o silêncio
traz aos ouvidos o tique-taque do velho relógio na parede da solidão. Faz lembrar dos dias da sua infância que tão longe ficaram. Não
voltam mais.
Seus pensamentos deliram nos
minutos da ansiedade, meu coração de cristal. Com brilho da paz apago de suas páginas amarrotadas a saudade
que o tempo o feriu. Enxugo seu rosto molhado, com lenço de sorriso. Aqueço-o com abraço de
felicidade, e acaricio com vestido de coragem e segurança. Ame-me, meu coração. É todo de cristal, lapidado com valor incomparável.
Para seu quadro clínico, o melhor remédio para cura deste mal é uma
dose de sorrisos, misturada com cem gramas de felicidades. Efeito é instantâneo. A reação é aceitar a viver com os dias
que passam e não voltam mais.
Isabel
Maria de Moura Ribeiro, nasceu em Araçatuba–SP. Formada em Teologia. Fundadora
e presidente da instituição Igreja Pentecostal Jesus Liberta, sendo pastora.
Conheceu a literatura por meio de Nair Falco. Membro do Grupo Experimental.
isabelmoura1@ig.com.br |
"Uma dose de sorrisos", realmente cura.
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