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Éric Copsta e Silva - GE - Este símbolo é seu


Este Símbolo é seu.


Entre os livros, a estrela vermelha presente e a poeira habitual do bairro Hilda Mandarino, zona leste da cidade de Araçatuba, na sua casa humilde, tendo a noite como companheira, parceira, daquelas resoluções mais importantes tomadas na vida.

No seu quarto sem energia elétrica, Antunes deita na cama com o olhar para a janela, destas rangem de baixo das memórias, todas as vontades, não perpetuadas, tal qual, o casamento.

Ricardo a olhar o mundo lá fora, tem a vista da lua. Ela, astro natural mágico e resplandecente, nos lembra, todas as fontes de exuberância, donde a sua luz posta no lugar certo, clareia imagens na parede, daqueles bons amigos, encontrados no trajeto de sua vida.

Com os raios lunares, a beijar, o olhar do cronograma mental de Ricardo, nos cantos de seu fôlego de vida, flana a certeza, já confirmada de ir ao campo de batalha no Continente da África e de como seria, voltar morto em um saco plástico, preto.

Nestas idas e vindas mentais, os epítetos do futuro vigiava Ricardo e, tudo girava em torno do como cresceria o seu herdeiro e sua princesa [Citereia] Codo de Braúna com apenas, a imagem de um pai tombado nos chãos da África.

No começo do relacionamento, Antunes sem dar detalhes havia informado, [sua Citereia], Codo de Braúna, a possibilidade da ida e, neste momento é fundamental, acreditar, pois, algo sigiloso como um ataque aéreo, não pode ser dito e muito menos confirmado, antes da missão.

Naqueles dias, olho no olho, ele lembra da amada, [sua Citereia], Codo de Braúna, sentada no sofá, donde agora, Antunes elabora mentalmente as estratégias, saídas e possíveis categorias temporais para o dia do ataque.

Antunes pensa nas firmezas de direita e de esquerda, a se juntarem as rezas e orações. Tudo com objetivo e objeto principal a ida, ao Estreito da Escravidão e de como a luta pela Liberdade é magna.

Para Ricardo Antunes, nas suas veias, nas asas protetoras da Força Aérea Brasileira, correm o bastião da Liberdade e de como a proteção da propriedade privada e de Estado, a proteção de mulheres obrigadas a mutilação e, vamos além, o lutar no Estreito da Escravidão, requer a compreensão de defesa da voz dos nativos voltarem suas palavras, sem temer morrer por reclamar da pobreza material a caminhar junto a crise famélica.
O sono bate forte, a onda neural de Antunes leva o, a pensar como seria morrer sabendo se [sua Citereia], Codo de Braúna, compreenderia a sua partida, sem ter uma despedida com o beijo da amada, tendo a panela de pressão outra vez, lotada daquela ‘gororoba’, a tintilar o sorriso feliz, o toque na face, na pequena cozinha americana, nas cercanias da Zona Leste.

Assim, Ricardo Antunes faz a sua escolha mais profunda, escolhe a futura mãe de seu filho, [sua Citereia], Codo de Braúna, e ao próprio herdeiro, (caso fizesse a passagem ao mundo dos mortos) como guardião da bandeira.

Eis, nestas páginas, deixemos claro! Então, amor: A bandeira, sempre será sua. Esse símbolo é seu!

Eric Costa e Silva, natural de Araçatuba, cientista, jornalista, poeta, escritor, cronista, cineasta, tendo participação laborativa no filme Julieta de Pedro Almodóvar. Participa do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letraseric_jornalista@hotmail.com

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