Mulher transformada
Aquela mulher calma que transita
Na praça em que costumo ter sossego,
Foi mendicante e feia, hoje é bonita.
Jamais trabalhou, nunca teve emprego.
Outrora, na avenida, era maldita.
Tinha mau odor seu traje labrego.
Degustava sobejos de marmita,
O albergue em que dormia era aconchego.
Há seis meses deixou de ser mendiga,
Usa veste valiosa e bolsa cara.
É pessoa atual, não vive à antiga .
Ganhou na loteria e teve espanto.
O que possui no banco, não declara.
Não nega ter valor, mas não diz quanto!
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