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domingo, 5 de maio de 2019

PALAVRAS DO PRESIDENTE: Há 20 anos, revelando escritores


É com enorme satisfação que cumprimento todos os membros do Grupo Experimental da Academia de Letras pela chegada dos seus 20 anos. São duas décadas de difusão da literatura local, de contribuição documental com a tradicional obra "Experimentânea" e o mais importante: revelando novos escritores. E hoje se tornando também um blog.

Muitos autores que brilham nas letras em Araçatuba hoje começaram neste grupo vibrante, comandado por outro entusiasta da cultura em nossa cidade: o professor e escritor Hélio Consolaro. 

Não tenho a menor dúvida de que a criação e a consolidação desse grupo estão entre as maiores obras da Academia Araçatubense de Letras em seus 27 anos de existência. Por que? Sempre pensei na academia como a casa do escritor, que, sim, tem os seus membros, pessoas ricamente letradas e com obras reconhecidas, mas, acima de tudo, com um compromisso sociocultural importante: fazer da leitura e da escrita a atividade prazerosa para a sociedade. 

O GE, assim chamado, cumpriu bem o seu papel. Em boa parte graças a ele, hoje, em Araçatuba, há tanta gente que escreve e de diferentes estilos e gêneros. 
Nossa cultura agradece.

Parabéns a todos! 
Vida longa ao Grupo Experimental.

Arnon Gomes
Presidente da Academia Araçatubense de Letras, biênio 2019/2020

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Textos de escritores do GE, acadêmicos da AAL e convidados



(Clique sobre o nome do escritor para aparecer o texto.)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Grupo Experimental - uma tentativa em andamento


BANCA DE LIVROS NAS BALADAS CULTURAIS
Acadêmico Hosanah Spíndola de Ataíde com
a esposa, professoa Divina Eterna dos Santos Spíndola
Hélio Consolaro*
(Ano: 2000)
Publicado também no livro Experimentânea 13
  
Desde quando assumi a cadeira 18 na Academia Araçatubense de Letras, em novembro de 1997, eu falava que a entidade devia articular todos os escritores da região, não apenas os acadêmicos de Araçatuba.

Parte do ano de 1998, gastei-a em conhecer os confrades, sentir a academia, ver como ela funcionava, ou seja, reconhecer o terreno. A ação era recíproca: eles me conheciam, e eu a eles. Já no final desse ano, pela amizade e confiança conquistadas, senti que era o momento de apresentar o projeto.
Marilurdes Martins Campezi
Apoiou de pronto o projeto

Assim o fiz. Apresentei-o no papel no final de 1998, entreguei cópias a todos os confrades, expu-lo em reunião. Tive de pronto a aprovação de todos os confrades, sem exceção, e o engajamento da confreira Marilurdes Martins Campezi (Lula). Sem a participação dela, não sei se a formação do grupo teria vingado. A presença feminina e a criatividade de Lula foram elementos essenciais para o relativo sucesso obtido.

Odette Costa Bodstein
      Presidenta em 1999
Reproduzo abaixo o projeto: 

Academia Araçatubense de Letras

Projeto:
• participação mais efetiva dos escritores de Araçatuba (e da região) na AAL.

Objetivo:
• propiciar a articulação entre escritores de Araçatuba (e da região), promover sua qualificação e facilitar-lhes a publicação de obras.

Atividades:
• reuniões sistemáticas;
• promoções de cursos, seminários e palestras;
• formação de cooperativas de publicação.

Estratégia:
• cada escritor fará o pagamento de uma mensalidade (simbólica) à AAL a partir da adesão ao projeto, como forma de reembolsar possíveis despesas;

• acadêmico-organizador: Hélio Consolaro .

Duração:
dois anos (1999-2000)

Avaliação:
• No final de janeiro de 2001, far-se-á uma reunião com todos os participantes do projeto para uma avaliação, cujo relatório será enviado à diretoria da AAL;

• Diretoria e Assembléia dos Acadêmicos decidirão a continuidade do projeto, conforme avaliação.

A partir desse momento, este texto será narrado em primeira pessoa do plural, pois a iniciativa já conta com a participação da Lula e os serviços da funcionária Márcia Cristina Gonçalves, que se dedica ao grupo de corpo e alma, como se dele fosse membro. Assim, em fevereiro de 1999, aconteceu a primeira reunião, com a presença da presidenta Odette Costa Bodstein. Levantamos os endereços de escritores que já haviam participado de concursos na academia, mandando-lhes convites à reunião, divulgamos também a iniciativa  pela imprensa.
Cerca de 20 escritores participaram da primeira reunião. Hoje temos quase 60 nomes cadastrados, porquanto não tenhamos conseguido reunir todos num mesmo dia, 80% têm uma participação efetiva: telefonam, solicitam informações, visitam a academia.
Na coordenação do grupo, eu e Lula somos membros natos, com a participação por meio de escolha do próprio grupo entre seus pares de mais três pessoas. Mensalmente, os coordenadores se reúnem para organizar a pauta e analisar os problemas existentes.
Organizamos o primeiro sarau lítero-musical. Uma iniciativa tímida, realizada no quintal do prédio da academia; depois passamos a realizá-lo na Newton’s Pizzaria e já está na quinta edição. Atualmente, é um evento consagrado, e a participação nele não está limitada apenas ao grupo.

As reuniões ordinárias do grupo possuem um caráter literário, porque nela há sempre um membro escalado para falar sobre um escritor consagrado, uma pessoa para coordenar uma oficina literária de 30 minutos ou dar uma palestra. Na pauta, há um tempo reservado aos escritores presentes para que lêem seus textos. Já estiveram palestrando com os acadêmicos Célio Pinheiro, Cecília Ferreira, Tito Damazo, Lúcia Piantino, Marilurdes Martins Campezi, Hélio Consolaro. O grupo sente o apoio de todos os membros da Academia Araçatubense de Letras.
Como um dos objetivos do grupo é dar visibilidade à produção
literária de seus membros, logo no início se organizou uma coletânea
de textos que recebeu o nome de “Experimentânea”, tendo em vista
o nome de Grupo Experimental (escolhido por seus membros).
Houve a cotização, e o livro foi lançado em setembro de 1999
com noite solene de autógrafos dos 20 autores participantes.
O dinheiro arrecadado com a venda dos livros faz parte de um caixa do grupo.
Como o grande sonho era formar um consórcio de publicação, o grupo foi tomando consciência de como seria o seu funcionamento. E em março deste ano (2000), ele foi concretizado com 15 participantes, mas ainda não publicou nenhum livro porque os escritores não conseguiram viabilizar a organização de suas obras. Como o grupo é modesto economicamente, alguns desistiram, não conseguiram pagar os R$60,00 mensalmente durante 30 meses. O consórcio ainda é uma interrogação. O dinheiro arrecadado está em conta corrente da Caixa Econômica Federal, agência de Araçatuba. Caso não vingue, o dinheiro será devolvido aos cotistas.
Na reunião de agosto, já se fez uma comissão para organizar a Experimentânea 2, a pedido de pessoas do grupo que acham importante continuar a experiência.
Se valeu a pena? Fernando Pessoa respondeu a essa indagação muito bem.
Podemos dizer que articular os escritores de Araçatuba e região foi muito bom porque é a essência da atividade de uma organização como a Academia Araçatubense de Letras. Além disso, os mais velhos e experientes precisam abrir caminhos com os mais jovens, indicar-lhes direção, aprender com eles também.  Uma experiência que está sendo válida.

Hélio Consolaro
Foto da época
*Hélio Consolaro é membro da Academia Araçatubense de Letras, professor de Português do Ensino Médio, cronista diário da Folha da Região e coordenador do site Por Trás das Letras (www.folhanet.com.br/portrasdasletras).   Possui dois livros publicados: Cobras & Lagartos (crônicas) e Urubu Branco (poemas).

Artigo publicado na revista Plural, de edição anual, número 8, ano VIII, novembro de 2000.   Estamos em novembro de 2018 publicando Experimentânea 12.