PRISÃO DE AREIA
ELAS SE VÃO...ESVAINDO LENTAMENTE, SUA LENTIDÃO SE FAZ VELOZ
PARA MEROS MORTAIS
OS TAIS...PENOSAMENTE COMPREENDEM O MOTIVO DE AQUI ESTAR, É
ISSO MESMO, ESTAR NÃO É SER
PENSAR, SENTIR, AGIR E AMAR... DERRAMAR-SE NA BREVE
EXISTÊNCIA, FEITO PARA POUCOS, OU LOUCOS QUE OUSAM
FASCINADOS A OLHAR O DESPENCAR LENDO DAS AREIAS, PERDEM-SE,
ENQUANTO O SANGUE CORRE NAS VEIAS
DADO MOMENTO BATE O CETICISMO...ZOMBAM DELA, A INSULTAM, POR
UM BREVE INSTANTE, POIS ELA CONTINUA ELOQUENTEMENTE A DERRAMAR SUAS AREIAS
DAÍ POR DIANTE ADMITEM NÃO HAVER O QUE FAZER SE NÃO,
AGRADECER O RESTO QUE FALTA CAIR
SABIAMENTE OU TEMEROSAMENTE HARMONIZAM O EXISTIR AO SOM DAS
AREIAS QUE CAEM INCESSANTEMENTE
NÃO CABE RESISTENCIA POR FALTA DE VIGOR OU RECONHECIMENTO
QUE AQUELAS AREIAS DÃO VIDA AOS QUÊNIOS QUE SE FORMAM EM MILÊNIOS
AINDA QUE SE ACABEM PRA UM...SEMPRE HÃO DE CAIR PRA OUTROS,
ELA REGE A VIDA DE QUEM A CONSIDERA
PRA OUTRO CHEGAR É SÓ
ELA SE VIRAR E COMEÇAR A CONTAR UMA NOVA HISTÓRIA VAI COMEÇAR.
Nivanei Gomes, mora em Araçatuba-SP,
é psicanalista, teólogo, escritor e artista plástico. Faz atendimentos psicanalíticos, se dedica a produção de textos científicos e literários. Nas artes plásticas, trabalha com telas, desenhos, esculturas e entalhe em madeira. Membro do Grupo Experimental.
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