Eu
e a globalização
A globalização é hoje um termo comum nas conversas
formais e informais. Lemos e ouvimos em telejornais, jornais impressos,
revistas técnicas ou de entretenimento.
Eu, particularmente, entendo como globalização a visão
de nosso planeta Terra, num espaço único, sem fronteiras, cercas, barreiras,
sem limites de território. Permitindo a nós, meros mortais, vermos outras
realidades, outras culturas, costumes, situações econômicas. Tomamos
conhecimento de guerras, conflitos, catástrofes, descobertas científicas que
acontecem no mundo inteiro. Importamos e exportamos quase todo tipo de produto.
Nos faz parecer quase “vizinhos de bairro”.
Quando eu tinha 18 anos fazia faculdade longe de casa
e, para me comunicar com a família ou amigos que aqui ficaram, era por telefone
fixo ou cartas que escrevia e espera ansiosamente pela resposta. E não havia
telefone fixo em todas as casas. Hoje, as pessoas usam o telefone móvel. Quase todos
possuem um celular. Trocam mensagens instantâneas, conversas on line, e-mails,
acessam banco, sites. O telefone fixo está caindo em desuso.
Na faculdade para executar um trabalho era complicado.
Liam-se livros, pesquisava-se na biblioteca, eram horas de estudos. Tudo
presencial, manual, no máximo uma máquina de datilografar. Nada de “ctrlC” e
“ctrlV”. Aprendíamos de uma maneira ou de outra, a ler e interpretar textos. O
que foi bom. Mas, ao mesmo tempo, limitava nossas pesquisas.
Hoje se faz
pesquisa pela internet sobre qualquer assunto, vários autores, diversas opiniões.
Está praticamente tudo disponível na rede. O que também é bom. Criou-se um
mundo sem fronteiras na área do conhecimento. Agora temos até cursos superiores
no formato “EAD” – Ensino à Distância, que o futuro nos dirá se vai ser bom.
Nas empresas, eram um monte de livros subscritos,
calculadoras, papel que não acabava mais. Os arquivos ocupavam espaços enormes.
Para orçarmos um obra civil, os cálculos eram feitos, refeitos, conferidos e
apresentados em pilhas de papéis e projetos feitos manualmente pelos técnicos.
Hoje, programas específicos, disponíveis até gratuitamente na internet,
fornecem planilhas orçamentárias, programas de cálculos, desenhos. São
apresentados num mundo virtual, onde o cliente tem uma perspectiva da obra
quase real.
Lembro-me de que há uns 40 anos o Telex era muito usado
para enviar e receber mensagens. Certa vez um jornal do interior recebeu uma
mensagem sobre a morte de um governante. Não confirmaram e acharam que estavam
dando “um furo” de reportagem. O jornal
impresso com a falsa notícia circulou pela cidade. Foi preciso imprimir um
folhetim com pedido de desculpas e desmentindo a notícia. Se fosse hoje, seria
muito mais fácil confirmar a veracidade antes de publicar e também desmentir,
mas seria praticamente impossível barrar a divulgação da notícia na rede.
A globalização tem seus pontos positivos como a troca
de tecnologia, experiências, conhecimento, comunicação, nos proporcionando
conforto, economia e agilidade. Em contra partida, em seu lado negativo, como a
massificação das pessoas, de suas culturas e de seus costumes. Também nos
tornou mais solitários, individualistas, com muita informação e pouca
discussão.
Eu continuo aqui, na minha rotina fazendo uso desta
tecnologia avançada, que a globalização permitiu e ao mesmo tempo, reclamando
de tudo isso, talvez por que ainda não tenha conseguido assimilar direito.
Parabéns, Fátima, por tão belo e elucidativo texto sobre a globalização.
ResponderExcluirGrande e fraterno abraço.
Parabéns Fátima!
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