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Fátima Florentino - GE - Eu e a globalização



Eu e a globalização

A globalização é hoje um termo comum nas conversas formais e informais. Lemos e ouvimos em telejornais, jornais impressos, revistas técnicas ou de entretenimento.
Eu, particularmente, entendo como globalização a visão de nosso planeta Terra, num espaço único, sem fronteiras, cercas, barreiras, sem limites de território. Permitindo a nós, meros mortais, vermos outras realidades, outras culturas, costumes, situações econômicas. Tomamos conhecimento de guerras, conflitos, catástrofes, descobertas científicas que acontecem no mundo inteiro. Importamos e exportamos quase todo tipo de produto. Nos faz parecer quase “vizinhos de bairro”.
Quando eu tinha 18 anos fazia faculdade longe de casa e, para me comunicar com a família ou amigos que aqui ficaram, era por telefone fixo ou cartas que escrevia e espera ansiosamente pela resposta. E não havia telefone fixo em todas as casas. Hoje, as pessoas usam o telefone móvel. Quase todos possuem um celular. Trocam mensagens instantâneas, conversas on line, e-mails, acessam banco, sites. O telefone fixo está caindo em desuso.
Na faculdade para executar um trabalho era complicado. Liam-se livros, pesquisava-se na biblioteca, eram horas de estudos. Tudo presencial, manual, no máximo uma máquina de datilografar. Nada de “ctrlC” e “ctrlV”. Aprendíamos de uma maneira ou de outra, a ler e interpretar textos. O que foi bom. Mas, ao mesmo tempo, limitava nossas pesquisas. 
Hoje se faz pesquisa pela internet sobre qualquer assunto, vários autores, diversas opiniões. Está praticamente tudo disponível na rede. O que também é bom. Criou-se um mundo sem fronteiras na área do conhecimento. Agora temos até cursos superiores no formato “EAD” – Ensino à Distância, que o futuro nos dirá se vai ser bom.
Nas empresas, eram um monte de livros subscritos, calculadoras, papel que não acabava mais. Os arquivos ocupavam espaços enormes. Para orçarmos um obra civil, os cálculos eram feitos, refeitos, conferidos e apresentados em pilhas de papéis e projetos feitos manualmente pelos técnicos. Hoje, programas específicos, disponíveis até gratuitamente na internet, fornecem planilhas orçamentárias, programas de cálculos, desenhos. São apresentados num mundo virtual, onde o cliente tem uma perspectiva da obra quase real.
Lembro-me de que há uns 40 anos o Telex era muito usado para enviar e receber mensagens. Certa vez um jornal do interior recebeu uma mensagem sobre a morte de um governante. Não confirmaram e acharam que estavam dando “um furo” de reportagem.  O jornal impresso com a falsa notícia circulou pela cidade. Foi preciso imprimir um folhetim com pedido de desculpas e desmentindo a notícia. Se fosse hoje, seria muito mais fácil confirmar a veracidade antes de publicar e também desmentir, mas seria praticamente impossível barrar a divulgação da notícia na rede.
A globalização tem seus pontos positivos como a troca de tecnologia, experiências, conhecimento, comunicação, nos proporcionando conforto, economia e agilidade. Em contra partida, em seu lado negativo, como a massificação das pessoas, de suas culturas e de seus costumes. Também nos tornou mais solitários, individualistas, com muita informação e pouca discussão.
Eu continuo aqui, na minha rotina fazendo uso desta tecnologia avançada, que a globalização permitiu e ao mesmo tempo, reclamando de tudo isso, talvez por que ainda não tenha conseguido assimilar direito. 


Maria de Fátima Florentino, 58 anos, nascida em Araçatuba-SP, Relações Públicas, formada pela FEB/UNESP de Bauru. Possui um Grupo dentro Facebook com quase 500 integrantes #microcontofatimaflorentino – desafio diário na criação de microcontos. Membro e coordenadora do Grupo Experimental.

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